Das pescarias no Rancho do Sr. Aírton em Furnas que deixaram lembranças, uma foi com minha mãe. E agente foi de ônibus e caminhão leiteiro. Por isso eh inesquecível.
Meus pais e meu irmão no Rancho do Sr. Aírton no Lago de Furnas em Santo Hilário nas Minas Gerais
Meus pais e meu irmão no Rancho do Sr. Aírton no Lago de Furnas em Santo Hilário nas Minas Gerais
Minha mãe gostava de ir no Rancho em furnas, mas ela quase sempre não podia ir. Geralmente, quando ia, era sempre com meu pai e alguns dos meus irmãos. Sempre os filhos menores e os que gostavam de pescaria. As vezes minha mãe ia só pelo final de semana, outras vezes ia para ficar a semana inteira. Muitas vezes minha mãe até queria ir, mas tinha encomendas de quitandas para algum aniversário, e com isso acabava ficando em casa.
Teve uma vez, que meu pai foi com alguns dos meus irmãos mais velhos pata ficar a semana toda. Minha mãe não pode ir justamente porque estava fazendo quitandas. Eu estava ajudando minha mãe a fazer quitandas, quando ela me chamou para gente ir para o Rancho em Furnas e fazer uma surpresa para meu pai. E assim depois que terminamos de fazer as encomendas do aniversário, fomos para a Estação Rodoviária pegar o ônibus para a cidade de Pimenta. De Pimenta até o Rancho do Sr. Aírton ela disse que arrumaria um jeito de ir. Isso porque não tinha ônibus saindo de Pimenta para Santo Hilário.
Chegando na Estação Rodoviária de Pimenta, minha mãe perguntou aos comerciantes da estação se sabiam de alguém que pudesse nos levar até Santo Hilário. O bom de cidades pequenas eh que todo mundo conhece todo mundo. E assim, um falando com outro e com outro, souberam de um fazendeiro que estava para ir para cidade de Guapé. A cidade de Guapé fica depois de Santo Hilário, assim, este fazendeiro iria passar por Santo Hilário. E ele aceitou em levar a gente em sua caminhonete.
Fomos até a casa deste fazendeiro, que era muito religioso, pois tinha um altar em sua sala dedicado a Nossa senhora, e todas as vezes que ele passava em frente a este altar, este fazendeiro fazia reverência à Nossa Senhora. Só tivemos que esperar ele arrumar algumas coisas e partimos para Santo Hilário. A estrada de Pimenta até Guapé passando por Santo Hilário era de terra batida. São vinte e cinco quilômetros apenas, mas de paisagens deslumbrantes, com altas montanhas, Vales profundos, Muros de pedras feitos a mais de cem anos delimitando as fazendas, Pedras gigantes formando montanhas inteiras e muito verde.
Caminhão leiteiro que pega as vasilhas de leite nas porteiras das fazendas
A entrada para o Racho em Furnas fica uns dez quilômetros antes de Santo Hilário. Nem eu nem minha mãe sabia exatamente onde ficava. Por isso a ideia era ir até Santo Hilário e depois vir a pé ou no caminhão leiteiro. Caminhão leiteiro eh aqueles caminhões que ficam pegando a vasilha com leite nas porteiras das fazendas. Os fazendeiros tiram leite das vacas, colocam nestas vasilhas, que cabem cinquenta litros, e os colocam na porteira da fazenda. Assim este caminhão leiteiro vai pegando estas vasilhas para levar o leite até a Usina de Laticínios.
Os vinte e cinco quilômetros viajando de carro por esta estrada de terra costuma levar uns quarenta minutos a uma hora, dependendo de com esta a estrada naquele dia. Esta estrada também tem muitas curvas e lugares bem perigosos.
Conversando com o Fazendeiro, minha mãe disse que na verdade a gente estava indo para um Rancho que ficava na fazenda do Sr. Cotinho. Quando ela disse isso, o fazendeiro sabia onde era e por isso deixou a gente na porteira da fazenda. Era só descer a estrada até o rancho. E lá fomos nós fazer a tal surpresa.
Da porteira da fazenda do Sr. Cotinho até a porteira do Rancho do Sr. Aírton em uma descida bem forte, numa estrada que estava muito mal conservada, com valas da passagem dos pneus dos carros e animais. e minha mãe estava de salto alto. Fomos descendo bem devagar e quando a gente já estava chegando na porteira do Rancho, meu pai viu a gente e arregalou os olhos, não acreditando no que via. Mas era real. Eu e minha mãe, apesar de toda improbabilidade de ir no Racho do Sr. Aírton sem estar de carro, fomos.
Não dava para imaginar diferente. Meu pai ficou super contente por minha mãe estar ali com ele. Meus irmãos mais velhos também ficaram felizes com a presença dela. Já eu, era só um número a mais.
Mas a gente não ia poder ficar, minha mãe precisava voltar. Tinha deixado muitos dos dezoito filhos em casa e tinha encomenda para fazer no dia seguinte. Mas deu para passar um bom tempo no Rancho.
O Rancho do Sr. Aírton no Lago de Furnas em Santo Hilário / Minas Gerais (Atualmente)
O carro que estava com meu pai e irmãos, não poderia levar minha mãe até a cidade de Pimenta, porque tinha chovido muito e, quando chove, o carro não consegui subir esta estradinha que vai do rancho até a porteira da fazenda. Meu irmão até tentou, mas não conseguiu subir com o carro. Então fomos a pé para a estrada esperar por um ônibus passar e assim a gente poder embarcar. Mas passou foi um caminhão leiteiro. Aquele que pega os galões de leite nas porteiras da fazenda. E ele nos deu carona até a cidade de Pimenta, onde pegamos o ônibus de volta para Divinópolis.
Apesar de todos os contra-tempos, que nem foram tantos assim, e de ter valido a pena, minha mãe disse que nunca mais iria no rancho daquele jeito que fomos. Não me lembro se ela cumpriu a promessa.
Eu, meu pai e meu irmão na cozinha do rancho do Sr. Aírton
Teve uma vez, que meu pai foi com alguns dos meus irmãos mais velhos pata ficar a semana toda. Minha mãe não pode ir justamente porque estava fazendo quitandas. Eu estava ajudando minha mãe a fazer quitandas, quando ela me chamou para gente ir para o Rancho em Furnas e fazer uma surpresa para meu pai. E assim depois que terminamos de fazer as encomendas do aniversário, fomos para a Estação Rodoviária pegar o ônibus para a cidade de Pimenta. De Pimenta até o Rancho do Sr. Aírton ela disse que arrumaria um jeito de ir. Isso porque não tinha ônibus saindo de Pimenta para Santo Hilário.
Chegando na Estação Rodoviária de Pimenta, minha mãe perguntou aos comerciantes da estação se sabiam de alguém que pudesse nos levar até Santo Hilário. O bom de cidades pequenas eh que todo mundo conhece todo mundo. E assim, um falando com outro e com outro, souberam de um fazendeiro que estava para ir para cidade de Guapé. A cidade de Guapé fica depois de Santo Hilário, assim, este fazendeiro iria passar por Santo Hilário. E ele aceitou em levar a gente em sua caminhonete.
Fomos até a casa deste fazendeiro, que era muito religioso, pois tinha um altar em sua sala dedicado a Nossa senhora, e todas as vezes que ele passava em frente a este altar, este fazendeiro fazia reverência à Nossa Senhora. Só tivemos que esperar ele arrumar algumas coisas e partimos para Santo Hilário. A estrada de Pimenta até Guapé passando por Santo Hilário era de terra batida. São vinte e cinco quilômetros apenas, mas de paisagens deslumbrantes, com altas montanhas, Vales profundos, Muros de pedras feitos a mais de cem anos delimitando as fazendas, Pedras gigantes formando montanhas inteiras e muito verde.
Caminhão leiteiro que pega as vasilhas de leite nas porteiras das fazendas
Os vinte e cinco quilômetros viajando de carro por esta estrada de terra costuma levar uns quarenta minutos a uma hora, dependendo de com esta a estrada naquele dia. Esta estrada também tem muitas curvas e lugares bem perigosos.
Conversando com o Fazendeiro, minha mãe disse que na verdade a gente estava indo para um Rancho que ficava na fazenda do Sr. Cotinho. Quando ela disse isso, o fazendeiro sabia onde era e por isso deixou a gente na porteira da fazenda. Era só descer a estrada até o rancho. E lá fomos nós fazer a tal surpresa.
Da porteira da fazenda do Sr. Cotinho até a porteira do Rancho do Sr. Aírton em uma descida bem forte, numa estrada que estava muito mal conservada, com valas da passagem dos pneus dos carros e animais. e minha mãe estava de salto alto. Fomos descendo bem devagar e quando a gente já estava chegando na porteira do Rancho, meu pai viu a gente e arregalou os olhos, não acreditando no que via. Mas era real. Eu e minha mãe, apesar de toda improbabilidade de ir no Racho do Sr. Aírton sem estar de carro, fomos.
Não dava para imaginar diferente. Meu pai ficou super contente por minha mãe estar ali com ele. Meus irmãos mais velhos também ficaram felizes com a presença dela. Já eu, era só um número a mais.
Mas a gente não ia poder ficar, minha mãe precisava voltar. Tinha deixado muitos dos dezoito filhos em casa e tinha encomenda para fazer no dia seguinte. Mas deu para passar um bom tempo no Rancho.
O Rancho do Sr. Aírton no Lago de Furnas em Santo Hilário / Minas Gerais (Atualmente)
O carro que estava com meu pai e irmãos, não poderia levar minha mãe até a cidade de Pimenta, porque tinha chovido muito e, quando chove, o carro não consegui subir esta estradinha que vai do rancho até a porteira da fazenda. Meu irmão até tentou, mas não conseguiu subir com o carro. Então fomos a pé para a estrada esperar por um ônibus passar e assim a gente poder embarcar. Mas passou foi um caminhão leiteiro. Aquele que pega os galões de leite nas porteiras da fazenda. E ele nos deu carona até a cidade de Pimenta, onde pegamos o ônibus de volta para Divinópolis.
Apesar de todos os contra-tempos, que nem foram tantos assim, e de ter valido a pena, minha mãe disse que nunca mais iria no rancho daquele jeito que fomos. Não me lembro se ela cumpriu a promessa.
Eu, meu pai e meu irmão na cozinha do rancho do Sr. Aírton
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